Psiquiatria, visão geral:

No passado, o transtorno bipolar era conhecido pelo nome de psicose maníaco-depressiva, uma doença psiquiátrica caracterizada por alternância de fases de depressão e de hiperexcitabilidade. Nesta fase, a pessoa apresenta modificações na forma de pensar, agir e sentir e vive num ritmo acelerado, assumindo comportamentos extravagantes como sair comprando compulsivamente tudo o que vê pela frente. Sabe-se que os transtornos bipolares estão associados a algumas alterações funcionais do cérebro que possui áreas fundamentais para o processamento de emoções, motivação e recompensas.

Conhcendo o inimigo:

É uma doença psiquiátrica caracterizada por alternância de fases de depressão e de hiperexcitabilidade. Nesta fase, a pessoa apresenta modificações na forma de pensar, agir e sentir e vive num ritmo acelerado, assumindo comportamentos extravagantes como sair comprando compulsivamente tudo o que vê pela frente. Sabe-se que os transtornos bipolares estão associados a algumas alterações funcionais do cérebro que possui áreas fundamentais para o processamento de emoções, motivação e recompensas.
A alternância de estados depressivos com maníacos é a tônica dessa patologia. Muitas vezes o diagnóstico correto só será feito depois de muitos anos. Uma pessoa que tenha uma fase depressiva, receba o diagnóstico de depressão e dez anos depois apresente um episódio maníaco tem na verdade o transtorno bipolar, mas até que a mania surgisse não era possível conhecer diagnóstico verdadeiro. O termo mania é popularmente entendido como tendência a fazer várias vezes a mesma coisa. Mania em psiquiatria significa um estado exaltado de humor que será descrito mais detalhadamente adiante.A depressão do transtorno bipolar é igual a depressão recorrente que só se apresenta como depressão, mas uma pessoa deprimida do transtorno bipolar não recebe o mesmo tratamento do paciente bipolar.

Fase Maníaca:

Tipicamente leva uma a duas semanas para começar e quando não tratado pode durar meses. O estado de humor está elevado podendo isso significar uma alegria contagiante ou uma irritação agressiva. Junto a essa elevação encontram-se alguns outros sintomas como elevação da auto-estima, sentimentos de grandiosidade podendo chegar a manifestação delirante de grandeza considerando-se uma pessoa especial, dotada de poderes e capacidades únicas como telepáticas por exemplo. Aumento da atividade motora apresentando grande vigor físico e apesar disso com uma diminuição da necessidade de sono. O paciente apresenta uma forte pressão para falar ininterruptamente, as idéias correm rapidamente a ponto de não concluir o que começou e ficar sempre emendando uma idéia não concluída em outra sucessivamente: a isto denominamos fuga-de-idéias.. O paciente apresenta uma elevação da percepção de estímulos externos levando-o a distrair-se constantemente com pequenos ou insignificantes acontecimentos alheios à conversa em andamento. Aumento do interesse e da atividade sexual. Perda da consciência a respeito de sua própria condição patológica, tornando-se uma pessoa socialmente inconveniente ou insuportável. Envolvimento em atividades potencialmente perigosas sem manifestar preocupação com isso. Podem surgir sintomas psicóticos típicos da esquizofrenia o que não significa uma mudança de diagnóstico, mas mostra um quadro mais grave quando isso acontece.

Fase depressiva:

É de certa forma o oposto da fase maníaca, o humor está depressivo, a auto-estima em baixa com sentimentos de inferioridade, a capacidade física esta comprometida, pois a sensação de cansaço é constante. As idéias fluem com lentidão e dificuldade, a atenção é difícil de ser mantida e o interesse pelas coisas em geral é perdido bem como o prazer na realização daquilo que antes era agradável. Nessa fase o sono também está diminuído, mas ao contrário da fase maníaca, não é um sono que satisfaça ou descanse, uma vez que o paciente acorda indisposto. Quando não tratada a fase maníaca pode durar meses também.

Riscos, aos portadores de TAB:

A mortalidade dos portadores de TB é elevada, e o suicídio é a causa mais freqüente de morte, principalmente entre os jovens. Estima-se que até 50% dos portadores tentem o suicídio ao menos uma vez em suas vidas e 15% efetivamente o cometem. Também doenças clínicas como obesidade, diabetes, e problemas cardiovasculares são mais freqüentes entre portadores de Transtorno Bipolar do que na população geral. A associação com a dependência de álcool e drogas não apenas é comum (41% de dependência de álcool e 12% de dependência de alguma droga ilícita), como agrava o curso e o prognóstico do TB, piora a adesão ao tratamento e aumenta em duas vezes o risco de suicídio.

Tratamento:

O tratamento adequado do TB reduz a incapacitação e a mortalidade dos portadores. Em linhas gerais, inclui necessariamente a prescrição de um ou mais estabilizadores do humor em associação (carbonato de lítio, ácido valpróico/valproato de sódio/divalproato de sódio, lamotrigina, carbamazepina, oxcarbazepina). A associação de antidepressivos (de diferentes classes) e de antipsicóticos (em especial os de segunda geração como risperidona, olanzapina, quetiapina, ziprasidona, aripiprazol) pode ser necessária para o controle de episódios de depressão e de mania.

Fontes:

USP;Unifesp;ABP;ABTB;abc da Saúde;Psicosite
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Aqui começo os meus relatos, espero que possa colaborar com todos que acessem esta página......

sexta-feira, 11 de abril de 2008

A droga: cocaína

Ela me levou ao fundo do poço. Perdi tudo a ponto de chegar a vender até as próprias roupas para ter essa droga.
Bem, não preciso falar quem eu era nessa época, pois uma pessoa que perdeu tudo e deixou de ter os valores próprios era simplesmente um dependente, mas algo ou uma força superior sempre aparece em nossa vida e mostra que ainda temos uma esperança.
Foi aí que fui chamado para trabalhar em uma grande empresa e isso acabou melhorando muito minha vida. Porém, como um dependente não deixei de utilizá-la. Usava esporadicamete sem saber o mal que me fazia, pois a minha bipolaridade nunca deixou de existir, apenas não era diagnosticada.
A minha bipolaridade me fez transparecer e ser um dos melhores entre as pesoas que me rodeavam, porém essa mesma bipolaridade acabou me colocando na cama e me isolando daqueles a quem eu amava. Foi quando aconteceu a minha segunda tentativa de suicídio. Tomei nada mais , nada menos que algumas caixas de carbolítio e outras drogras misturadas com cocaína e álcool, oq ue me levou quase à morte. Fui novamente desacreditado pelos médicos, mas como sabemos , ninguém vai antes da hora desejada por Deus, por isso ainda estou aqui.

Escalado para

No meu trabalho fui escalado para Baixada Santista. Como sempre, fiz um bom trabalho, o qual surtiu resultado posteriormente, mas acabei agindo de formas ilíitas as quais me fizeram sofrer a minha segunda tentativa de suicídio que foi bem pior do que a primeira, pois estava desacreditado pelos médicos que disseram isto a meus pais e esposa atual.
Pelo que podem ver, continuo aqui e quero relatar um pouco do que passei nesta experiência de vida. Senti como se já estivesse morrido. Flutuava e via tudo que tinha acontecido em minha vida, mas voltei e hoje, apesar de tudo ainda vivo e tenho certeza de que algo há para que eu seja feliz está guardado para mim.

Conhecendo a bipolaridade

Após ter passado por um psiquiatra recebi a receita para tomar Depacote, o qual acabou me levando a primeira tentativa de suicídio, pois misturei um vidro de medicamento com cocaína e álcool. Esta foi a minha primeira internação.
O que me fez tomar este remédio após ter usado tanta droga? Simplesmente a vontade de não existir mais. Como ainda hoje tenho, mas consigo me controlar.
Consegui fugir do hospital e ir tomar um café com leite e comer um bauru. Foi engraçado, pois os médicos e a administração do hospital acharam um absurso eu conseguir isto.
Depois dessa fui para casa medicado.

Continuando meu relato

A cocaína me fez escravo, perdi tudo, dinheiro, classe social. Não sabia mais quem eu era, mas cheguei a vender tudo o que podia para ter aquele pó branco e não falo e nem penso que tenham pena de mim, pois fiz consciente.
Pois bem, cheguei ao fundo do poço. Era a cocaína e eu, eu e a coicaína.
Meus pais e parentes tentaram fazer tudo por mim, mas eu não aceitava. Bem, sabemos que nunca aceitaríamos ser dependentes ou ir para clínicas. Cheguei a sentir a necessidade disto, pois depois de duas overdoses, precisava me tratar, porém nada me fazia perder a vontade de me drogar. Aí eu pergunto: Com tanta droga, com tanta coisa na cabeça acredito eu que a bipolaridade estava mais forte que nunca, mas não sabia eu o que era ser um bipolar.

Cocaína

Essa que me pára na noite, que me faz sozinho, que não explica porquê ela me quer. Ela faz eu fazer o que eu não quero e o que eu quero. De certa forma ela apenas pede e eu dou. Essa é a droga que mais eu sinto medo, pois eu gosto tanto dela e ela acaba tanto comigo. A cocaína é a mulher de branco pela qual você se apaixona. Ou acaba viúvo dela ou ela te consome. Hoje consigo ver o quanto ela tirou de mim, o qanto ela fez eu sofrer. Sinto, pois comigo sofreram filhos, pais, amigos, irmãos...

Não sei se ainda sei:

Sinto-me mal, com necessidade de algo que não sei bem o que é. Talvez me drogar, beber, bem... bebi vodka com limão. Será que melhorou? Não sei. acredito que não, mas para um bipolar estou me "fazendo a coisa errada" cada vez mais. Por quê ? Porque misturo a realidade com o que não existe. Não me recrimine por isto, pois não consigo me controlar e talvez o uso de drogas seja inevitável, pois não tomo remédio hoje. Já tomei demais e me deixaram do jeito que eu não queria, do jeito que não podia. Talvez não devesse relatar isto, mas droga sempre é droga não importa o nome que ela tenha. Cardiolítio ou cocaína serão sempre drogas. Precisamos tentar viver limpos e aí está a dificuldade da nossa bipolaridade.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

O começo

É de certa forma estranho relatar isto, não consigo me lembrar de muitas coisas que ocorrem em meu passado, mas algumas marcaram, não usarei uma ordem cronológica para facilitar meus relatos.
Hoje com trinta e seis anos consigo realmente ver quando comecei a apresentar sintomas da bipolaridade, mais ou menos com quinze anos, pois queria fazer tudo, aula de violão, computação, ingles, mas não concluia nada, começava e parava.
Na escola até que quando queria era um bom aluno, nesta época conheci e me envolvi com drogas, inalaveis (benzina, loló-eter/clorofórmio/essência) e maconha, mas logo me interressei por coisas mais fortes, comprimidos (Artane, Moderex,Bentil,etc) ficava alucinado, muitas vezes ao ponto de achar que não retornaria a realidade, mas sempre voltava a toma-los, para facilitar as coisas fui trabalhar em um consultório médico.
Não me recordo bem mas creio que os sintomas de bipolaridade foram após essas drogas.
Com o passar do tempo essa drogas foram se tornando mais dificeis de conseguir, foi ai que comecei a utilizar a cocaina.